sexta-feira, 7 de maio de 2010

Stanley antes de ser Kubrick

*Adotando o título do caderno Ípsilon do Público (caderno b do jornal de maior repercussão em Portugal) e a quem devo agradecer imenso por falar de eventos no exterior.

Pra quem for pra Milão até o dia quatro de julho saiba que rola por lá, no Palazzo della Ragione (bem próximo ao Duomo) uma exposição fotográfica de Stanley Kubrick, diretor de Laranja Mecânica.

São fotos de 1945 a 1950, quando o cara trabalhava para a revista Look, ainda bem jovem.

Me falaram que um professor meu disse que os filmes são feitos de pinturas. Se você pára uma cena bem feita, ta ali um quadro propriamente dito. Faltei a essa aula, mas foi isso que vi no trabalho de Kubrick, mas ao contrário.

As fotografias não são espontâneas. É evidente a montagem, mas isso não é ruim. É o seu diferencial. Cada fotografia conta uma história e os conjuntos de fotos outra, com direito não só aos personagens e as situações vividas, dá pra ver o que se sente, sem parecer proposital. São olhares, gestos. Novelas.

As fotografias são cinematográficas. Tem uma emoção fictícia que te envolve.

Não gostei da montagem da exposição. Não te deixava a vontade, tinha um circuito com as foto-reportagens, mas era bagunçado. Você precisava ir por um caminho, e mesmo assim, uma série de fotos passava para outra e era preciso voltar para entender que uma tinha acabado e outra começado.

As vezes de um lado e de outro de um painel tinham fotos de um mesmo tema, no outro já trazia um tema de cada lado. Confuso, nada prático e interrompia a atmosfera das fotografias. Era preciso esforço para ficar lá por muito tempo. Sei disso porque depois que entrei lá, vi todos indo embora antes de mim.Uma pena.

Outra chatice foi a minha foto preferida não ter cartão postal. A id aqui esqueceu de anotar o nome para procurar...

A matéria do Público ta legal e mais completa que isso aqui. Vale a pena ler. Mas a opinião sobre as fotografias está diferente da minha...ta muito com cara de quem leu release e não viu.

Sobre a exposição o preço é oito euros, e a reduzida sete. Chegando a praça do Duomo é só seguir os cartazes com o Kubrick novinho que se chega lá. Mais infos da exposição aqui.

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