sábado, 2 de outubro de 2010

Fui filmar casamento e peguei buquê da noiva

Pensei no título e a mão ficou coçando (dias) para escrever. Enrolações à parte, o post não será tão interessante assim. Hehe Digamos que o sensacionalismo que provoquei não corresponde a "notícia". Nada com o qual não estejamos acostumados, não é?

Meu chefe filma casamentos e como uma colega não poderia ir, a substitui, confesso que muito por curiosidade. Gosto de acompanhar eventos que não conheço. Nunca tinha ido a um casamento tocado por um pastor. Já dismistifico que não é assim tão diferente, só é menos cansativo e tem mais gente cantando.

Sempre tem a parente piriguete que resolve ir na cerimônia de micro-vestido de oncinha, a brega com vestido-bolo, a tia cheia de laquê e com reboco na cara, sem falar da tia-avó que não se aguenta em pé, tadinha.

A novidade é que, desde meu último casamento, os noivos não pagavam de modelo divulgando book que mostrasse sua sensualidade no telão, não pagavam de dançarinos-atores (fantasiados) com interpretação de pout-pourri descoladinho. As noivas se preocupavam em beijar os noivos e não em mandar beijinho para a câmera.

Tudo bem, afinal, eu era só a assistente de filmagem. Uma crua observadora das reações e atitudes dos presentes. Desde os convidados que correram para as mesas no exato momento em que o pastor trouxe o livro de testemunhas, até os garçons indignados com as inquisições do tipo "só um prato de docinho por mesa?".

Eu era quem mexia em fios e na iluminação. A sombra metida dos fotógrafos. Mas a primeira a pegar o buquê fui eu. (Agora vem a parte em que espero os "affs")

Enquanto os convidados corriam para dentro do salão e os dezoito casais de padrinhos faziam fila para assinar os papeis de testemunho, eu vi os noivos do outro lado da piscina em poses para a lente. Fui chamada para desinstalar o equipamento perto deles e fiquei ali olhando os modelos em ação.

Girei a luz para a cena (ou giraram, não me lembro) e era chegada a hora do noivo segurar a noiva pela cintura, enquanto os cabelos dela encostariam no chão não fosse pelo penteado. Mas ela não estava a vontade, tinha um peso leve mas desequilibrante na mão direita: o buquê.

Foi natural. O fotógrafo pediu o buquê, olhou pra mim e disse "segura um pouco pra mim?" E foi isso o que aconteceu. Não o raptei e nem tinha a intenção. A primeira coisa que pensei, e que me fez um sorriso maldoso no rosto, foi no título deste post. Fiquei viajando em pensamentos até que me pediram ele de volta.

Agora a respeito do destino do myprecious, sei lá. A noiva o deve ter levado para casa para secar e montar um arranjo morto. Porque o que ela jogou depois para as duas duzias de solteiras não eram as mesmas flores que segurei. Eram quatro chumaços!

Vai ver depois da correria dos esfomeados o mestre de cerimônias achou melhor evitar mais um motivo para confusão.

Um comentário:

  1. Muito bom o post Mari!

    Tem várias noivas que dividem o buquê em vários chumaços para evitar que as madrinhas (e as solteironas de plantão, que nunca perdem a esperança) saiam no tapa para agarrá-lo, antes de tentar passar a cantada do buquê em algum convidado amigo do primo de alguém que elas não conhecem! =]

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