quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mãe, vou ser jornalista

Asssisti pela primeira vez Todos os homens do presidente. Seria um filme normal, em uma noite normal em que eu, sem vontade de dormir resolvo matar o tempo com besteiras e pipocas na cabeça. Normal se não fosse um tempo que poderia utilizar para fazer meu trabalho atrasado de um mês, normal se o filme não me abrisse os olhos e me metesse medo.

Em fato o filme conta a história do maior furo de reportagem dos EstadosUnidos, o Caso Watergate, que desmenbra um big esquema da campanha de reeleição do presidente Nixon. Um grande e trabalhoso trabalho de investigação, cheio das fontes milagrosas e listas de possíveis fontes, como contam os professores que era na redação.

Para mim já seria interessante isso, poderia ser até um daqueles documentários com entrevistados falando de forma pausada e fumando charuto, mas a todo um lado de suspense hollywoodiano que me encanta. Adoro um bom suspense, e esse é um deles.

Ter meu ator-clássico favorito como um dos protagonistas também ajudou um bocado para que eu devorasse o filme, Dustin Hoffmann esteve ótimo, entre um cigarro e um café-de-fonte e outro. O outro ator eu ainda não conhecia, minha voracidade cinéfila é recente, não me condenem.

Mas foi através do olhar do outro, Robert Redford, que cheguei a conclusão pessoal de p... merda, eu sei o que quero. Foi através dos olhos a brilhare tentar esconder a emoção. Foi saber o que ele sentia. Foi entender o quanto isso era esperado e que nada naquele momento seria mais agradável e palpitante do que perceber nas palavras de alguém A história.

Sei exatamente que é isso o que quero sentir em toda a minha vida. Todas as dúvidas, e intempéries que me rodeiam desde o começo do caminho acadêmico foram anuladas. Nunca as tive. Eu sempre soube o que queria. O medo as criou para que eu pudesse buscar alternativas.

Para que eu encontrasse outra coisa para fazer, algo mais seguro, mais estável, menos frustrante.

O mais bizarro e forjado em conciência é que começei a assistir no dia do jornalista. Que piada de mau gosto. Não vou mentir que foi minha segunda opção, mas certamente um dos meus eus deve ter calculado esse pimba! toma essa garota! Encara de frente esse leão vestido de medo e arranca a sua cabeça!

Pena estar sem internet para publicar agora, 01h53 no horário de Porto. Seria muito mais interessante, sem contar o fato de que no Brésil não são nem dez da noite e todos estão acordados. Talvez seja melhor assim.

Quem sabe tudo não passa de empolgação por um bom filme. Quem sabe é tão bom que todos querem sair com uma caneta e um bloquinho e gritar SOU JORNALISTA!

E todos podem, pelo menos no Brasil.

Assistam e me digam se é isso mesmo.
Quem já assistiu me diz também?


Mais infos do filme aqui

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