segunda-feira, 15 de março de 2010

Infância superada

Eu que vivo falando em aceitar limitações e trabalhar para superá-las (isso pra quem me conhece o suficiente para saber que apesar de ter um parafuso solto sou legal), me percebi jogando essa teoria na merda no dia de hoje.

Imaginem uma mulher, nos seus vinte e poucos anos, a brincar com rapazotes de dez anos. E não só brincar de futebol, ou videogame. Mas joguinhos mais bobinhos, estilo elefante colorido português.

Ê laiá. Foi a farra. Era uma bola daquelas pequenas colecionáveis que se ganha em promoção de posto de gasolina, três muleques e uma atrapalhada a correr. Só de me imaginar nessa cena já vejo que não poderia dar certo. Mas é que estava frio, um vento de gelar a espinha e eu precisava me movimentar.

Eu corri, pulei, dei gargalhadas, falei "isso não vale", e o gran finale, como acontece também em todos os flashback de minha infância, me machuquei. Eeee. Não bastava recordar as brincadeiras, isso seria pouco. Eu precisava sentir na pele a emoção de ser criança.

E não só na pele, mas no sobrecilho.

Os quatro correndo, quando no elefante colorido português chamam a cor do meu amiguinho. O problema é que eu estava entre ele e a bola. Eu queria fugir, ele queria a redonda. Isso não teria problemas em qualquer outro momento. Mas quando duas crianças cabeça duras, determinadas e ansiosas se cruzam, grandes pancadas podem acontecer.

De repente me vi caída ao chão, com uma dor cortante sobre o olho, e gritando "acabou a brincadeira". Acordei então do sonho impossível com a certeza de que esse tempo acabou.E ainda bem.

PS: Essa notícia é antiga, para manter a desatualização do blog. Isso foi no sábado e meu olho continua roxo. BEM legal!

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